diabetes

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A diabetes caracteriza-se por ser uma doença relacionada ao metabolismo, isto é, ela é uma doença que atinge a maneira como transformamos os alimentos em energia para o nosso corpo. A glicose é a moeda da energia em nosso corpo. Após a digestão, a glicose é levada para a circulação sanguínea para ser distribuida para todas as células do nosso corpo. Para que a glicose entre nas células e seja utilizada como seu combustível, é necessário a ajuda da insulina. 
Depois das refeições o pâncreas é estimulado a produzir  certa quantidade de insulina para permitir que a glicose entre nas células e seja aproveitada. Em pacientes diabéticos pode-se ter basicamente três problemas neste processo: o pâncreas não produzir toda a quantidade necessária de insulina, o pâncreas não produzir nenhuma insulina ou as células do corpo não responderem a insulina. Com isso, teremos no sangue altos níveis de glicose, o que chamamos de hiperglicemia

Há quatro tipos de diabetes:
Tipo I ou Insulino Dependente -  com predomínio em crianças e jovens, mas pode ocorrrer em qualquer idade.  Sua origem está relacionada a uma reação auto-imune, fazendo com que o pâncreas não produza insulina ou em pequena quantidade.

Tipo II ou Não Insulino Dependente - predomina em adultos maiores de 40 anos, na sua maioria acima dos 55 anos.  Sua origem está relacionada na produção pelo pâncreas de uma quantidade não suficiente de insulina para o corpo. Esta frequentemente relacionada ao peso acima do normal.

Diabetes gestacional - é um tipo de diabetes que ocorre no período de gravidez e dura apenas este período. 

Outros tipos de diabetes  - nesta classificação encontram-se as formas mais raras. 

A diabetes pode ser diagnosticada através da presença de sintomas e exames laboratoriais. 
Os sintomas mais comuns são: sede excessiva, urina em excesso, muita fome, cansaço e emagrecimento. Os sintomas também podem ser vagos como: infecções repetidas na pele ou mucosa, formigamento nas mãos e pés, dores nas pernas, entre outros. Portanto, a partir dos 40 anos é necessário a realização de exame de sangue para detectar a existência ou não de diabetes.
O diagnóstico da diabetes será realizado através da observação de níveis de glicose no sangue (glicemia) acima do normal e confirmados com a realização de novo exame de glicemia ou pós carga nos dias subsequentes.

Nos pacientes com diabetes tipo I a principal complicação que pode ocorrer é o coma diabético, que ocorre devido a manutenção de altos níveis de glicose, que levará ao emagrecimento, desidratação até o coma.
Nos pacientes diabéticos tipo II, as principais complicações ocorrem mais cronicamente com o passar dos anos devido a manutenção de níveis de glicose elevados. As principais complicações são: infarto do coração, pressão alta, insuficiência renal, derrame, isquemia cerebral, pé diabético, lesão nervosa, paralisia,  e retinopatia diabética. 

A diabetes possui em seu tratamento dois pilares básicos: modificações no estilo de vida e o tratamento medicamentoso. A mudança do estilo de vida consiste, inicialmente, na educação do paciente em relação a diabetes e sua saúde e no estabelecimento de uma dieta alimentar adequada e um programa de atividade física para o paciente. 
O paciente diabético deve ser acompanhado por um médico que irá monitorizar e controlar a diabetes e observar possíveis complicações. E também deve ser seguido por um oftalmologista para exame rotineiro dos olhos, podologistas pra cuidados de rotina nos pés, nutricionistas para o planejamento das refeições, e educadores para os cuidados do dia a dia.
No tratamento medicamentoso o médico irá determinar o melhor regime terapêutico para cada paciente.

Os objetivos da dieta na diabetes são a manutenção de uma dieta com níveis próximos do normal de glicose de acordo com a medicação usada e atividade física, normalização da pressão arterial, normalização dos níveis de lípideos, ajudar o paciente a manter o peso dentro do normal e promover melhores hábitos nutricionais.